Aqui estou eu, de novo!
Tão orgulhosa por não abandonar o blog e ainda ter muita vontade de postar hehe
Pra começar, vou colocar umas fotinhos, já que estou beeem em dívida com vocês ne? Nada muito oh nao, viu. Mas é o que tem pra hoje rs (Esse frio faz a gente se render e ficar só com as lembranças das retinas mesmo, porque sério gente, 5seg sem luva e já machuca! Tô com dois queimados nos dedos, tá demorando pra sarar e eu acho que foi do frio.)
Parque que no inverno vira local de sledding haha |
1st meeting: esculturas de gelo em St Paul. PS: não valem a pena! haha foi muito divertido, as as esculturas esse ano estavam bem miadas. |
St Peter's Church - paróquia que a HF participa, e now, so do I hehe |
Fundos da paróquia - entrada pra quem vem pelo estacionamente. |
Vizinhança aqui de North Saint Paul |
E agora, finalmente vou compartilhar com vocês as minhas duas mini-crises, da primeira semana (por enquanto, "só" essas mesmo rs).
Primeira: (essa não foi a que eu fiquei sabendo primeiro, mas foi a que causou danos por primeiro. Deu pra entender?) haha Seguinte, cheguei na HF em uma sexta, como é o caso da maioria das au pairs. Sábado e domingo ok. Pura diversão, tudo novo e todos queridos -> incluindo as kids, que estavam super animadas querendo me mostrar tudo ->-> isso inclui a menina de 4 anos!
No domingo a noite, meus hosts saíram pra fazermos um teste. Fiquei quase duas horas com as crianças, jantamos, assistimos filme e eles foram dormir. Tranquilo, sem grandes perrengues, sem dúvidas por enquanto.
Segunda, o host dad trabalhou em casa, pra me dar uma luz caso eu precisasse de algo. Não foi muito fácil, principalmente por causa da menina de 4 anos. O meu principe de 3 vai sempre na onda dela, e o meu baby toddler de 18 meses vai atrás na trincheira, normalmente haha Enfim, primeiro dia, 10h com três kids em casa: nada fácil.
Terça: host finalmente ia me deixar sozinha com eles, but, nevou muito na noite de segunda pra terça e na terça de manhã também. Resultado, ele levou 1h pra dirigir pouco mais de 10km e resolveu dar meia vola, porque se continuasse nesse ritmo, levaria 3h pra chegar no trabalho. (Mas ele fica só dentro do escritório mesmo. Não interfere em nada, a não ser pelas vezes que preciso impedir alguma das kids de ir atrás dele. Mas no geral, elas são tranquilas quanto a isso.) Aí, foi nesse dia que me bateu a primeira bad. Não lembro sinceramente o que houve. Sei que a menina não me tratou mal, nem nada. Só coisinha de criança mesmo. Mas me senti muito mal e incapaz, bateu um pavor mesmo em mim. Entreter crianças que tem tudo em casa - e isso inclui amor e carinho dos pais - e já estão enjoadas dos brinquedos de sempre, é bem mais dificil do que era entreter os meus pimpolhos lá da associação (saudades deles!!). Enfim, eu não via a hora de chegar a nap deles e eu poder ter um pouco de paz pro cérebro (nossa, contando assim me sinto até mal haha) Anyway, isso não me fez querer voltar pra casa. Mas me deixou chateada.
Assim que encostei a porta do quarto deles (aham, 3 kids, todas no mesmo quarto) senti que uma cachoeira de lágrimas tava subindo pros meus olhos rs Mas, fiquei parada ali e me controlei. Primeira coisa que pensei foi "tu não vai começar a sessão lágrimas por causa de uma criança de 4 anos né?". Entrei no banheiro, dei uma respirada, me acalmei e fui fazer o que eu ainda precisava fazer. Depois de acalmados os meus ânimos (sem chorar! Aliás, o último choro, por enquanto, foi aquele da sala de embarque) abri meu notebook pra dar uma revisada nas atividades / ideias de brincadeiras que eu tinha salvo pra fazer com as crianças quando chegasse aqui. E aí, de tarde, as coisas foram um pouco melhores.
Quando a host chegou em casa perguntou como tínhamos ido, e eu disse que não tinha sido muito fácil, mas que com o tempo provalemente ía melhorar. Ela concordou, disse que provavelmente a J. estava testando os limites e que eu tinha total liberdade para fazer o que achasse preciso.
Nas quartas-feiras, normalmente, não trabalho. E esse foi o caso da primeira semana. Na quarta de noite me senti uma professora programando o dia seguinte haha Quinta-feira fiquei definitivamente sozinha com eles, o dia inteiro e foi nosso melhor dia até hoje. Foi uma dia muuuuito tranquilo mesmo. Eu cheguei a me perguntar: é sério isso, tô trabalhando? haha
Bom, resumindo um pouco a história: já tive vários dias bons, e outros, nem tanto. Já tivemos dois dias em que nenhuma das crianças foi pra time out! haha Mas a gente, obviamente, faz a diferença. To tentando ser a au pair mais paciente do mundo com a minha princesinha loira, que é de personalidade difícil, mas que graças a Deus gosta de mim e foi bem educada pelos pais, então sabe que precisa me escutar, porque ela é a criança na casa. Também to conversando com os hosts sobre os meus dias e as atitudes deles, dela principalmente, assim temos uma linha só de tratamento com ela. E o principal, to tentando lembrar a mim mesma todas os dias, quem é a kid, quem é a "adulta" rs (pausa pra dizer que é MUITO estranho olhar pra mim mesma como responsável dessas três pessoinhas durante tanto tempo do dia deles.)
Segunda: essa é pracaba com a aupair recém chegada e toda animada com a vida nova: A HOST DESCOBRIU QUE TÁ GRÁVIDA! Simmmm, grávida, acidentalmente, da quarta kid. Que provavelmente vai ser linda dos olhos claros, mas vai ser uma quarta kid under 5 na minha vida! #loucura Ai gente, me sinto tão mal com esse egoísmo da minha parte, mas antes mesmo da felicidade por eles, quando me contaram isso, pensei "e eu?". Minha host deve ter lido isso na minha cara, e logo tratou de dizer que eu não precisava me preocupar porque o baby não seria minha responsabilidade de qualquer modo. Pelo menos não esse ano. Ela descobriu no Natal e me contou no sábado quando eu cheguei aqui. O baby nasce em final de agosto, e eu só poderei tomar conta dele sozinha, pelas regras do au pair, no final de novembro. Sendo que meu ano termina início de janeiro/2015. Ok. Dei parabéns pra eles, fiz essas contas e nem pensei muito nesse assunto. Deixei lá paradinho. Até o momento da bad de terça-feira.
Na terça-feira, com a preocupação por não estar me sentindo uma boa au pair, digamos assim (o que hoje, 15 dias depois, acho um exagero, mas fora da nossa zono de conforto realmente as coisas tomam outra proporção rs) eu comecei a pensar melhor nessa história de gravidez. E os pontos que vieram foi:
- como a host vai agir, psicologicamente falando, durante esse período?
- como as kids vão reagir com a chegada do irmão?
- e se a host começar a ficar em casa?
- e se quando forem 4 kids, ficar tudo comigo? (mesmo que eles tenham dito pra eu não me preocupar...)
- e se eu quisesse estender?
Essa última pergunta é que é. Quando saí do Brasil, muita gente perguntou por quanto tempo era o programa, eu falei que a principio 1 ano, mas que existia a hipótese de renovar por 6, 9 ou 12 meses. Eu nunca falei disso com ninguém, na verdade, eu nem tinha parado pra pensar de verdade nisso porque eu queria primeiro sentir as coisas por aqui. Mas acho que la no fundinho, a vontade de aproveitar isso por mais tempo - mesmo sem saber se eu realmente ia gostar ou não - existe.
Então olhem a confusão psicológica que se formou na cabeça da dudinha aqui: eu cheguei a pensar em pedir Rematch agora porque daí eu não me apegaria na família, nas crianças, nos amigos e no lugar, e ía logo começar outra história. Porque daí, se la no fim do ano eu quisesse estender, não precisaria nem me preocupar com o fato das 4 kids. E porque dai, a hostfamily tinha tempo de achar uma nova aupair que, quando o baby nascesse, já estivesse acostumada à rotina.
Mas, convenhamos: quais as minhas chances de achar uma família pela qual eu sentisse o feeling, como senti por essa, durante as duas semanas de rematch? Quais as chances de uma família de Minnesota, com 3kids e HM pregnant, de achar uma nova au pair? Quais as chances de eu ter coragem o suficiente pra encarar os hosts que foram tão queridos pra mim e dizer: não quero mais ficar aqui? Enfim, deixei quieto.
Até que... surge uma publicação no facebook! hahaha No nosso grupo de embarque do dia 06/01, uma guria coloca que a irma da host dela entrou em rematch e que ta procurando au pair, se nós conhecêssemos alguém, era pra avisar. HF em Chicago, dois boys, 3 e 6 anos. Bem lindinhos, minha amiga me mostrou no skype. Menino mais velho vai pra escola todos os dias e o pequeno duas manhãs. Rematch por motivos de: direção. Mas a família é otima (tenho duas testemunhas + falei com a grandma no skype e ela foi muuuito simpática). Eu moraria bem perto de duas amigas do treinamento - essa e a Karla, que ficou comigo em SP, lembram? Teria carro e algumas regalias., blablabla. Fiquei dois dias com isso na cabeça, e até troquei algumas palavras com essa hostmother por facebook. Mas gente, não deu. Eu me preparei tanto pra vir pra Minnesota passar frio, pra morar com a B. family, na rua X e cuidar de três pimpolhos loiros. Além disso, estou adorando eles e o lugar - como vocês puderem perceber no post anterior haha Então, decidi realmente não me preocupar com o futuro tão cedo e aquietar a periquita aqui em North Saint Paul s2
Ah, mais um detalhe: eles estão procurando casa pra se mudar, desde que ficaram sabendo da gravidez :z So sad, porque eu adorei aqui. Eles também amam aqui, mas sabem que a casa é pequena rs
Bom galera, era isso.
Parece que eu fiz um dramalhão da coisa toda né? Mas realmente essa gravidez me assustou rs Enfim, atualmente estou com tudo resolvido: bastante paciência, amor e criatividade com as kids e, aproveitar meu tempo aqui e agora, curtir essa gravidez da host, já que nunca tive nenhuma mulher realmente próxima grávida, e, deixar que Deus conduza as coisas.
Beijos,
Duda.
PS: agora a noite tive uma conversa com a host, já que terminei minha terceira semana de trabalho, pra ver o que ela ta achando, o que preciso melhorar e etc e ela encerrou a conversa com um sorriso e um"stay forever!" s2 aaaai, que culpa que eu senti por ter pensado em pedir pra sair! mas fiquei muito feliz com a opinião dela *----*