Oi, povo!
Eu não ía postar nada hoje, mas mudei de ideia porque aconteceu uma coisa de ontem pra cá, e não sei, talvez escrever me ajude... talvez vocês me ajudem rs Como o título já disse, hoje estou definitivamente com medo. Como muitas de vocês, acompanho o mundo aupairiano há muito tempo, já li e vi várias histórias, e me encantei por todas, com todas a gente aprende algo. Não me lembro de em nenhum momento ter sentido medo ou ter pensado em desistir (fora aquele pensamento, ah, seu eu ficasse eu poderia fazer isso, ter aquilo, etc. mas que sempre durou menos de 2min).
Não se assustem, hoje não pensei em desistir não! haha Mas bem, nesse tempo todo nunca tive medo, sempre achei que toda e qualquer experiência lá fora acrescenta muito pra gente como pessoa. E sim, continuo achando isso. Mas depois do visto, a coisa se torna real! Inacreditável, mas real. Desde o visto então, tô com aquele friozinho na barriga. Friozinho bom, lógico! Bom e normal.
Continuo falando com a host family, e assunto não falta. Eu sou muito curiosa e gosto de falar, então, principalmente em se tratando da minha futura 'família', temos muito sobre o que falar, para ir aumentando a intimidade entre a gente. Até ai, ok. Massss, semana passada eu, não sei porque cargas d'água, percebi que eu NÃO perguntei para a host family, nem para a current au pair, quantas au pairs eles tiveram até hoje. Gente, acho que quando percebi isso me senti mais burra do que quando percebi que esqueci o passaporte, simplesmente porque essa pergunta é essencial e eu sempre pensei que ela precisava ser feita! No arquivo que tenho com as coisas importantes do au pair salvas por ordem cronológica (preenchendo app, online, entrevistas, visto, malas, pré-embarque e 'living the american dream'), eu tenho uma anotação bem específica:
"- Descobrir quantas aupairs a família tinha, e verificar se
a agência pode te passar esse dado ("Ciclana de tal" não sabia que sua HF tinha tido
7 aupairs em dois anos)." não vou citar o nome da ciclara, mas a história é real!
Até agora não entendi como esqueci de perguntar isso. Sei que li esse item enquanto estava conversando com eles, porque abri o arquivo várias vezes, mas nao anotei na folhinha de perguntas nos skypes, e também não mandei por email :(
(pausa pra eu checar uma coisa no application da família...)
Acabei de descobri porque não fiz a pergunta!! ponto positivo, não fui tão burra assim, só não lembrava que: na parte em que a família responde se já teve uma live-in childcare before, eles respondem que sim, e que o contrato com a primeira au pair acaba no fim do ano. Gente, será que eles usaram o mesmo application da outra vez que procuravam au pair, ou eles mentiram???
Caramba, preciso verificar isso o quanto antes!!
Tá, continuando da parte em que não lembro quantas au pairs a HF teve. Quando percebi isso, mandei mensagem off pra atual au pair perguntando, pois já que a mais velha tem 4 anos, ela pode não ter sido a primeira au pair e etc. Ok, isso foi quarta passada. Aí os dias passaram, e ontem li sobre uma current au pair respondendo as dúvidas da nova, e me lembrei da mensagem e que eu não tinha recebido nenhuma resposta. Fui verificar e ela não tinha mesmo respondido, apesar de ter visualizado (não acredito que isso seja sinal de nada, porque ela ja me disse que prefere responder por email rs). Enfim, nessa hora, ontem, ela tava online. Aí perguntei de novo, e ela me disse que é a 4ª au pair da família, só não deixou claro se todas foram por agencia, porque ela disse que as duas primeiras eram americanas (não sei se latinas, ou dos EUA mesmo) e que antes dela, teve uma que também era da CC mas entrou em rematch na 6ª semana! R-E-M-A-T-C-H.
Ou seja, serei a 5ª au pair da host family, sendo que a menina mais velha tem 4 anos, e que uma das 4 aupairs anteriores entrou em rematch. Por que? Segundo a au pair atual, ela pediu porque a casa era muito pequena. E, ainda segundo a atual au pair, isso até pode ser um motivo razoável, porque tu não tá em casa, e as vezes deseja ter um pouco mais de privacidade do que tem. But, até agora não sei o que pensar sobre isso. Logo que consegui o endereço da família, fui checar a casa no google maps, e ela é maior que a minha rs Adorei o estilo e justamente o fato de não ser big house como muitas que vejo por blogs aí, foi o que me deixou mais 'tranquila'. Tem uma música que diz "quanto menor a casinha, aiai, mais sincero o bom dia!" e eu concordo muito com o que isso quer dizer, então, a casa menor do que o padrão de host families por ai, me deixou feliz também.
Quando li isso na conversa com a atual au pair (australiana), lembrei que no email em que a host pede o match, ela diz que quer que eu esteja bem segura e tranquila com relação a minha resposta, e cita isso de que a casa não é enorme, e que vou conviver bastante com eles. Cita também que eles ensinam as kids que nós precisamos de privacidade, mas que mesmo assim, no meu tempo off eu posso ouvir as crianças. Quando li isso, adorei, porque entre basement e 2nd floor, eu sempre achei melhor a segunda opção, pois deixei claríssimo, sério, com todas as letras, no meu perfil, que eu queria fazer parte da família, então isso foi mais um fator que me fez acreditar que eles eram a família certa pra mim! e quanto ao barulho, bem, moro em um bairro bem simples, e direto ouço o barulho dos vizinhos, e isso é serio! rs então, seria normal hahaha
E é isso, a atual au pair, na época do namoro com a family (não que já tenhamos passado dessa fase, porque acho que o namoro continua por um bom tempo), confirmou tudo o que havia de bom no application, dizendo que elas eram uma boa host family, e que minha experiência seria amazing. E me falou das coisas que achava ruins (nada muito relevante: apenas um caderno onde eles anotam o schedule. Ela preferia que fosse apenas verbal. vai entender! rs). E quando perguntei de algum momento ruim entre ela a host family, ela citou um ocorrido com o carro. Porque a aupair usa o carro da host no seu tempo off, e a familia fica com o carro do hosto. O combinado é avisar 'estou pegando o carro tal dia', mas naquela vez, ouve uma falha de comunicação entre as partes, e deu algum bréti. Ela não especificou se eles xingaram ela, ou se eles discutiram, mas disse que já estava superado, porque eles conversaram sobre o assunto e se resolveram. Não achei o fim do mundo, porque essa era pra ser a coisa mais 'chata' pela qual ela passou com a família, então, ta tranquilo ne? Desentendimentos assim são normais até na nossa família brasileira, e se conversaram e resolveram, é sinal de que o que eles disseram no application sobre sempre conversar sobre possíveis problemas, é verdade.
Enfim, gente. Esse fato de não saber a história das au pairs anteriores me deixou encucada. Desde que li o application dessa família, fiquei apaixonada. Como eu já disse, apenas o local e as horas que vou fazer em alguns finais de semana me deixaram uma pulguinha. Mas resolvi isso em um dos skypes. Não sei se vocês lembram, mas em um dos posts eu disse que eu tinha assuntos pra escrever até meados de outubro, porque achava que não teria nada novo sobre família pra contar... um dos assuntos era "the perfect host family". Eu ia citar o que esperava de uma família, apesar de saber que perfeição não existe. Mas essa família parece é boa parte do que eu esperava, é praticamente tudo, aparentemente.
E se eu chegar lá, e não for o que eu achava que era? Será que vou dar conta da 'desilusão amorosa?' Não tenho medo do rematch. 90% das au pairs que li que entraram em rematch, tiveram ótimas segundas famílias, e foram felizes. Acho que devem ser duas semanas complicadas de espera, mas não impossíveis de ser superadas. De um tempo pra cá, tenho adotado uma atitude de olhar pro lado quando eu achar que tenho algum problema, e ver que a todo momento pessoas estão passando por dificuldades muito maiores do que a que eu acho que estou sofrendo. Conversando sobre outra coisa com uma amiga esses dias, ela deu um nome para o que eu venho tentando fazer, mesmo sem saber: redimensionar o problema. Acho que um rematch pode ser redimensionado, porque existem coisas bem piores! Na pior das hipóteses, depois de um rematch tu volta pro povo acolhedor, pra comida gostosa e pro carinho da família do Brasil! Ou seja, NÃO é o fim do mundo e apesar do sofrimento, é uma experiência com que se aprende muito.
Então, do que estou com medo? Não sei, talvez de todo o conjunto. Talvez essa tenha sido a gota para despertar em mim um sentimento que acredito que pegue toda futura au pair, pelo menos em algum momento.
Apesar de saber que isso vai passar, e que não importa o que aconteça comigo, e vou superar e crescer muito com tudo, no fundo, é claro que quero que essa família seja o que tem me mostrado ser. No fundo, espero que a host me responda sobre as au pairs antigas dizendo que a relação era muito boa e que a que entrou em rematch, foi realmente porque não se adequou à casa e ao estilo da vida.
Beijos,
Duda.